segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Foi num domingo



Foi num domingo que a gente se encontrou pela última vez, não que eu soubesse, eu não sabia que aquele dia seria a última vez que eu te veria, talvez você soubesse, talvez fosse seus planos me abandonar assim, sem despedidas, não sei.
O que sei é que foi num domingo, fazia frio, o dia estava nublado, o vento cortava silencioso o ar, você me viu, roçou seus lábios nos meus levemente, me abraçou e aprofundou o beijo, eu suspirei, você sorriu. 
No sofá da sala da sua casa, sentamos em silêncio, tanta coisa pra ser dita, mas as palavras se perderam na tensão desse último encontro. 
A conversa foi banal, você não me deu nem um único sinal de que seria o fim, o beijo foi mais doce, o abraço mais carinhoso, as risadas mais alegres. E eu não percebi nada, pensava que dessa vez daria certo, que dessa vez nós daríamos certo. Não deu. E eu quase me declarei, engoli as palavras no momento em que o seu celular tocou, você se levantou sem nem mesmo se desculpar e atendeu, falando baixinho, sorrindo com vontade. Se afastou, me deixando sozinha na sala, eu ouvi pedaços de sua conversa ao telefone, e me perguntei quem seria a pessoa do outro lado da linha, a pessoa que tinha o seu sorriso mais sincero e as suas palavras mais amorosas? Não era eu... 
Eu ainda continuava sentada no sofá da sala, quieta, tentando acalmar o coração, querendo correr, querendo gritar, querendo fugir. Mas continuei no mesmo lugar, esmagada pela dor e pelo ciúmes.
A ligação terminou e você apareceu na sala com um jeito desconfiado, com as bochechas rosadas, parecia genuinamente feliz e arrependido de me ter ali, com você.
Eu forcei um sorriso, disse que precisava ir embora, estava tarde. Sempre seria tarde em relação a nós dois. Você sorriu de volta, quase aliviado por ser eu a ter pensado nesse subterfúgio. Eu levantei, agradeci, o quê eu não sei, não se agradece por companhia, ou por beijos e abraços. Você me abraçou, e eu quase chorei, mordendo os lábios pra conter as lágrimas. 
Eu disse "tchau" e você balbuciou um "adeus". 
E nunca mais te vi. 

 E são nesses malditos domingos nublados que eu sempre lembro de você. 
Ainda não consegui te esquecer!

— Rosi Rosa


domingo, 29 de dezembro de 2013

P.S. Eu Te Amo



Você foi minha vida, e eu fui apenas um capítulo da sua. 

— Filme P.S. Eu Te Amo

Você foi e eu fiquei


Você sorriu e eu chorei.
Você voou e eu pousei.
Você deixou e eu peguei.
Você falou e eu escutei.
Você foi e eu fiquei.

- Maira Gomes

sábado, 28 de dezembro de 2013

Quando o meu amor morreu

E se a Sara descobrir que ama o Greg tarde demais? E se não tiver tempo para declarar esse amor? Como seria o seu desabafo? 


Eu não sai nem um minuto do lado dele, o vi respirar com dificuldades com todos aqueles fios ligados ao seu corpo, olheiras eram formadas abaixo de seus olhos, eu fiquei durante todo o tempo ali, esperando alguma reação dele, seu estado não melhorava, ao contrário, piorava gradativamente, por inúmeras vezes toquei sua mão, acariciei seu rosto gélido e clamei para que não me deixasse, não assim, não agora... depois que eu já não conseguiria viver sem ele, meus pedidos foram inúteis, numa madrugada fria seus batimentos aceleraram. Correria. E eu não pude fazer nada, apenas chorei ajoelhada, as mãos no rosto tentando impedir aquelas lágrimas malditas, ele se foi sem nem mesmo saber que eu o amava, desde sempre.


Adeus, meu amor — foi só o que consegui dizer. Adeus, meu amor — meu amigo, meu amado!

Um grito ficou preso em minha garganta, o silêncio reinou em meu corpo trêmulo. Mas eu queria gritar, xingar, maldizer o mundo cruel, porém nada disse, tudo ficou engasgado, preso em meu coração despedaçado. 
Você se foi, nada mudaria essa triste realidade.
Você se foi, sem provar meus beijos.
Você se foi, sem sentir o toque suave de minhas mãos.
Você se foi, sem saber do meu amor, por você.
E eu fiquei, pra sentir o gosto amargo de sua ausência.
Eu fiquei, pra remoer meus erros.
Eu fiquei. Droga! Eu fiquei. Sem você. Pra sempre.

E esse dia ficou borrado, com as minhas lágrimas, com o meu desespero e sem você, Greg!




Rosi Rosa

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Chorei



Me deu vontade de chorar, abracei o travesseiro como quem abraça o amor mais desejado em dia de partida e chorei... 

Chorei você
sua ausência
a distância tão curta... 
Chorei os braços vazios, frios... 
Chorei a ausência do seu corpo, 
de seus beijos e até de suas palavras vazias, 
chorei as migalhas de amor recebidas, chorei a falta delas também... 
Chorei, chorei, chorei... 
Adormeci com o adeus engasgado, o coração despedaçado e sem você... 
sempre sem você!
Deixei nas entrelinhas o meu adeus não dado e as minhas lágrimas derramadas.

Rosi Rosa

Leve ruído



Eu gritei o meu amor e você ouviu apenas um sussurro do meu sentimento, um leve ruído do que eu guardava no peito, ou o meu grito foi baixo ou você é surdo para os sentimentos verdadeiros... 

— Rosi Rosa

Cinza



Vejo os dias tão cinza, cadê o colorido que alegrava os meus olhos?

Cadê aquele tom tão verde que fazia com que meus sorrisos fossem largos? 

Era você...

Eram seus olhos verdes que coloriam meus dias, e quando você partiu, levou meu arco-íris junto, hoje sou tempestade, sou escuridão, sou uma caixa vazia de lápis de cor, sou cinza sem você, sou dor... 

Rosi Rosa

Preciso de alguém



Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça a minha tristeza, com paciência, e ainda que não compreenda, respeite meus sentimentos. Preciso de alguém amigo o suficiente para dizer-me a verdade, mesmo sabendo, que posso odiá-lo por isso. Que teime em ser leal, simples e justo. Preciso de um amigo que me aceite como sou, e que me ame de verdade!


— Charles Chaplin.  

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E se fosse sempre natal?

E Se Fosse Natal?


Não apenas 25 de dezembro, mas todos os 365 dias do ano.
Nos menores gestos de amor, de confraternizar, de apoiar na vontade de sorrir, de amparar, de entender, de perdoar, de receber e repartir.
Na capacidade de sofrer, de calar, de vencer, de estimular, de perder e de novo buscar.
Sem fugir, nem evitar, sem influir, nem invejar, sem omitir, nem negar, sem punir nem matar.


E se fosse sempre natal?
Sem dor, só amor.


Wanda Santos.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Não quero lembrar

Eu não quero nada que me lembre você.
Não quero suas lembranças tão ávidas em minha mente
Não quero suas fotos espalhadas pelos cantos da minha casa
Não quero seu cheiro impregnado em meus lençóis 
Não quero ouvir as músicas que um dia foram nossas, elas me fazem chorar
Não quero seus presentes guardados na minha caixa de recordação
Não quero suas cartas escritas em momentos de paixão
Não quero lembrar da sua voz, tão grave
Não quero lembrar dos seus olhos, tão verdes
Não quero pensar em sua boca, tão doce
Não quero lembrar daquele seu nariz arrogante, tão perfeito
Eu não quero nada que me lembre você.
Não quero lembrar das tuas carícias tão gentis
Não quero lembrar do seu sorriso
Não quero lembrar dos teus gemidos
Não quero lembrar do seu corpo ansiando pelo meu
Não quero lembrar dos seus sussurros urgentes
Não quero lembrar das suas promessas frágeis 
Não quero lembrar das suas verdades inventadas e nem de suas mentiras planejadas
Não quero lembrar do nosso último encontro, 
do nosso último beijo,
do nosso último abraço
Não quero lembrar da nossa despedida e nem da expectativa de te ver de novo
Não quero lembrar do calor dos teus braços e nem do sabor de teus lábios
Não posso lembrar que o meu coração se partiu no momento em que você me esqueceu, me guardando em um canto qualquer da sua vida, sem adeus
Não posso lembrar...
Mas também, não posso esquecer. 
Não posso esquecer que um dia eu te quis pra vida inteira, e a nossa vida inteira durou tão pouco. 
Juntos, nós éramos inteiros. Completos
Separados, eu sou apenas metade de um amor que nunca existiu
Incompleta, sinto-me vazia. Sozinha
E eu não posso lembrar do quão me sentia completa com você. Feliz
Saudades desse amor, que eu não quero lembrar. 
Não posso lembrar!

— Rosi Rosa

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O amor morreu



O amor morreu...

Morreu tão inesperado, tão rápido, tão doloroso. Morreu!

Morreu sem que eu esquecesse, sem que eu o visse. Morreu!

Morreu levando meu coração, meus doces beijos e meus abraços apertados. Morreu!

Morreu deixando a casa vazia, os livros esquecidos, as flores murchando no vaso. Morreu!

Morreu perdido como os versos em rimas, deixando o poema calado, sufocado pela dor do poeta enamorado. Morreu!

Morreu silenciando a música, deixando o salão vazio sem a última dança. Morreu!

Morreu sem os meus toques, sem minhas carícias, sem meus gemidos de prazer. Morreu!

Morreu com os meus pensamentos, levando os meus tormentos. Morreu!

O amor morreu em um dia de tempestade, sem sol e sem calor, um dia cinza, sem as cores de um belo arco-íris. Morreu!

O amor morreu deixando as lágrimas do adeus. Morreu!

O amor morreu... dentro de mim! 

Morreu?


— Rosi Rosa




O que fazer do meu amor?



O que me dá raiva não é que você fez de errado, nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado, nem seu jeito fútil de falar da vida alheia, nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia. O que me dá raiva são as flores e os dias de sol, são os seus beijos, e o que eu tinha sonhado pra nós. São seus olhos e mãos, e seu abraço protetor. É o que vai me faltar. O que fazer do meu amor?

— Leoni.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A última nota (As notas da canção que choram)



Um grande piano branco no centro da sala imponente conferia um ar imaculadamente austero, ela sentou-se ao banco em frente ao piano, fechou os olhos momentaneamente, a respiração descompassada, esticou as mãos às teclas e começou a tocar, não era uma melodia conhecida ou famosa, era a sua composição, falava de amor, de paixão ardente, jurava eternidade... foi feita para o homem que amava, as notas da canção choravam com ela, lágrimas molhavam seu rosto enquanto tocava perdida em pensamentos. 

Um piano branco e uma mulher vestida de preto tocando uma melodia de amor, que antes era sua declaração, e hoje entoava seu adeus.

As teclas afundavam sobre seus dedos, quase violentamente, estava afogando suas mágoas, estava ensurdecendo seu sofrimento. 

Seu coração sangrava a cada nota tocada, a música prometia um amor eterno, fazia promessas, cantava sua felicidade, e hoje ela dizia claramente sobre sua agonia. 

O choro tornou-se compulsivo, a melodia instável, seu coração pulsava com as teclas e seus olhos estavam fechados banhados em lágrimas. Feridos!

De repente a música cessou, apenas um silêncio sepulcral inundava a sala, um suspiro doído, alto e langoroso, seus ombros balançavam em desespero. 

Sentiu que se perdia, seu sofrimento lhe ardia os ouvidos sem a música, com os olhos embaçados voltou a tocar a mesma canção, e cada nota que tocava, morria um pouco mais por dentro. 

"Te amarei por uma vida inteira, e ainda assim te amarei pouco, te amarei menos do que merece, meu grande amor." A letra da música ressoava ritmicamente, como uma prece, uma promessa, uma súplica... uma maldição. 



"Rogo-te que me ame, apenas! Meu coração é teu, meu grande amor."




Soluçou, a dor esmagando sua alma... seu coração havia sido sepulcrado junto com ele, junto com seu grande amor, eternizado em uma música, perdido pra sempre para a morte.

Ela gritou, apertando as teclas em fúria, sentindo as lágrimas acariciar seus lábios, salgadas e tristes, como um beijo molhado de adeus.

A música continuava preenchendo a sala vazia, as notas deslizavam por seus ouvidos, ecoavam em seu coração. A música já não tinha inicio e ela adiava o fim!

Engasgou com a dor das lembranças, das noites frias e chuvosas que passavam se amando, dos dias alegres aos domingos que o acordava com essa música, do piano branco que foi testemunha silencioso desse amor, das notas tocadas com o corpo enquanto se amavam. Dos dois unidos como uma melodia em tom maior.

Deus, nunca mais o tocaria, o beijaria. Nunca mais!

Sufocou mais uma vez o desespero, tocando com ânsia e agonia, tentando apagar as imagens do homem que amou uma vida inteira deitado em um caixão frio, sem vida.

Hoje não estava frio, não chovia... o tempo brincava com a sua tristeza, os raios de sol infiltrava pela janela, banhando com o calor seu corpo que estava perdido em uma tempestade, seus sentimentos nublados via o sol como um invasor, machucando sua alma angustiada. 

Tudo ficara cinza para ela, sem cor, sem vida, sem amor. Apertou a tecla dessa vez delicadamente, a última nota, o fim da música, o seu adeus final, sussurrou seu amor e pôs fim ao tormento, nunca mais tocaria um piano, nunca mais tocaria essa canção. Jurou!

Seu amado havia morrido e junto com ele a música e o amor, calando seu coração, riscando os versos da canção, apagando a chama da paixão. Escuridão!

Com os olhos fechados entoou a música em uma prece de adeus e chorou no silêncio, jurando amor eterno pra seu eterno amor.




"Te amarei por uma vida inteira, e ainda assim te amarei pouco, te amarei menos do que merece, meu grande amor." 




Segurando o coração em suas mãos, respirou profundamente, levantou lentamente do banco, fechou o piano, pegou a partitura de sua música, e saiu em silêncio, sem olhar pra trás, guardando lembranças e despedindo-se do seu lar. Do seu lar com ele. Sem ele, aquela era apenas uma casa, vazia e sem amor.




"Rogo-te que me ame, apenas! Meu coração é teu, meu grande amor."




O som da porta se fechando atrás dela era o som da sua despedida, uma sinfonia em lágrimas escorriam pelo seu rosto, a dor intensificava em seu coração.




Adeus, meu grande amor!




Ainda podia ouvir sua melodia tocando em seus ouvidos, serviam de fundo musical para suas lembranças, gravadas em sua memória. Imortalizadas em sua alma. 




"Te amarei por uma vida inteira. Te amarei a minha vida inteira".




E partiu. Levando consigo apenas o seu amor e a sua canção.



— Rosi Rosa







quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Estou cansado de ter um coração



— Ensine-me a não sentir nada, como você — disse ele, a voz baixa. — Estou cansado de ter um coração. Desde o momento em que me apaixonei por você, ele jamais deixou de se partir. 

 Kareef Al’Ramiz
 

Livro Tempestade de Prazer (página 92) — Jennie Lucas

Dores & Manias

Eu peguei a borracha e apaguei .


Apaguei tudo aquilo que me prendia e tudo aquilo que me fazia sofrer.


Eu apaguei as dores e manias.


Eu joguei fora,
Tudo aquilo que me prendia ao passado.


Eu quebrei aquela pedra que achei que era impossível.


Eu apaguei as idéias.
Eu joguei fora as vergonhas, e coloquei em um mural os orgulhos.


Eu comecei a ser feliz.


Eu recomecei do zero.



Sara Peres

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Espelho


(Classificação: NC - 17)




Ele a beijou lentamente, levando êxtase ao corpo, as mãos passeavam pelas curvas dela, a língua bailava uma dança sensual em sua boca molhada. Seus corpos tremiam sobre o deleite do prazer. Ele a virou, suas costas encaixando no peito dele, sussurrando contra sua pele, mordiscou seu pescoço, desenhando com a língua até o ombro, as mãos moldavam seu corpo sobre a roupa, acariciava seus seios, ela arqueou, gemeu, ofegou... sobre o tecido ele circulou os mamilos já intumescidos de prazer. Posicionado na frente dos dois, um espelho grande projetava seus corpos fundidos, mostrando o reflexo de seus movimentos eróticos. Sensual!

Ela estava com os olhos fechados, concentrados, suas mãos seguravam as coxas dele, seu baixo ventre pulsava de desejo. Ele acariciou seus seios, suas mãos desceram para a barriga reta e mais um pouco... sobre o tecido da calça jeans, ele massageou seu centro de prazer, intensificando até ouvir um grito suave dela. Ambos estavam arrepiados, querendo mais, o fino tecido das roupas tornaram-se obstáculos, ofegante ele a despiu com destreza, o espelho mostrava as curvas femininas deleitosas totalmente nua, a mercê das mãos ávidas dele. Ele estava completamente vestido, a imagem eroticamente sensual, a olhou possessivo, disposto a dar e receber o prazer merecido. 

As mãos dela se agitaram, na ânsia para o livrar de suas roupas também, gentilmente ele afastou suas pequenas mãos de suas vestes, sussurrando que aquele momento era somente dela, que ela era somente dele! Prometeu entre beijos no ombro nu que a faria chorar de alegria e prazer. Novamente ela ofegou, antecipando a promessa de êxtase. 

Ele a virou para si, as mãos em sua cintura, ele mirou seus olhos no espelho, e a imagem dos dois entrelaçados em um abraço apertado, ela nua e ele ainda vestido, inundou-o com uma sensação de luxúria tão poderosa, que ele quase gritou de prazer. Ela circulou seus braços ao redor de seu pescoço, ficando na ponta dos pés, seus seios roçavam sensualmente o peito dele sob a camisa, ele a olhava fascinado, ela distribuiu pequenos beijos por sua boca fechada, passando a língua em seus lábios, querendo provar seu gosto. As mãos dele apertaram suas nádegas, aproximando seus quadris até que ela sentisse toda a extensão de seu desejo, rígido e pulsante, suas coxas instantaneamente tornaram-se úmidas, engolindo em seco, ela ofereceu seus lábios para que ele a beijasse, ele abriu-lhe os lábios, provocando-a com a língua em um beijo ardente. Os lábios doces, suaves e quentes exploraram os seus, brincando com a textura da sua língua.

Novamente ele a virou de costas pra ele, beijando a pele quente de seu pescoço, traçando com a língua a delicadeza de seu pequeno lóbulo. Agora, com ela nua, só pra ele, suas mãos percorreram sem qualquer impedimento seus seios, o polegar circulou o mamilo até que este estivesse ereto, uma leve beliscada e ela gritou, mordendo com força o lábio inferior. Acariciou o vale entre os seios, a barriga e sua mão desceu mais e mais, sorriu maliciosamente quando ela arqueou os quadris em um convite silencioso para que ele a tocasse ali... onde o desejo gritava pra ser saciado. 

Ele não a tocou, apenas sussurrou em seu ouvido pra que ela abrisse os olhos e os visse no espelho, ela o obedeceu como se ele tivesse lhe dado uma ordem. Ela abriu os olhos devagar, ofegou quando o reflexo do espelho lhe mostrou a cena mais sexual de sua vida. As mãos dele a poucos centímetros de sua pélvis, sua pele brilhava de suor e desejo, queimando no calor de sua excitação.

—Olhe! —Dizia ele com a voz rouca. Os olhos queimando sua pele de excitação. — Olhe como seu corpo responde ao meu! 

Aproximou ainda mais suas mãos, roçando de leve na umidade de seu prazer. 

—Apenas olhe! E sinta! — Ele a apertou em seu corpo, sentindo toda a potência de sua masculinidade. 

Ela umedeceu os lábios, agora tão secos, ansiando por ser beijados, com urgência.

A respiração quente dele queimou sua pele, ela queria virar e aplacar seu desejo, rasgar as roupas dele e mergulhar em seu corpo, senti-lo dentro dela, dando-lhe prazer. Ele a impediu. Dessa vez, suas mãos a tocaram! Ela fechou os olhos, sufocando o gemido. Ele sorriu, um sorriso sexy de triunfo.


O polegar acariciou seu centro de prazer em movimentos circulares. 

— Abra os olhos e me veja, veja seu corpo derretendo de prazer, tremendo de desejo. — Ele fazia com que as palavras soassem sensuais, prometendo e cumprindo com excitação.

Ela novamente abriu os olhos, ele a mirava através do espelho, lutando por autocontrole, querendo a tomar ali e agora. Paciência, pensava ele... antes a queria implorando pra ser preenchida por ele, somente ele. E ele a teria, gritando por isso.

Ele intensificou os movimentos, através do espelho, ela via seu carinhos, a mão grande tão gentil, ela arfou quando ele introduziu um dedo nela, gemeu quando um outro dedo acompanhou o outro, gritou quando um terceiro seguiu o mesmo caminho, ela podia sentir o coração dele bater acelerado em seu peito, sentiu sua ereção aumentar ainda mais, inacreditavelmente. Perdeu-se na excitação, seu corpo querendo ganhar asas. Voar para o infinito!

Ele gemeu baixinho, os olhos sempre abertos, a respiração oscilava, sentiu-se desesperado para penetra-la. Ainda não, não agora... pensava ele, não antes dela chorar de prazer, e implorar pelo seu corpo. No espelho, a moldura de seu prazer gritava em agonia. Em uma expressão torturada, sentia-se a beira do abismo, uma sensação de perigo eminente, o clímax chegando aos poucos. 

Os movimentos de seus dedos dentro dela tornaram-se quase rudes, apressados... ele afastou seus cabelos e beijou-lhe a nuca, a outra mão apertava seus seios com ousadia e sensualidade, delineando-os sobre sua mão.

—Goza pra mim! —Ele lhe suplicou humildemente.

Seus olhos se abriram, dilatados. A imagem dele tão vulnerável e suplicante a encheu de ternura. Insinuou seu corpo ao dele, querendo também lhe dar prazer através das roupas, era tão injusto a nudez dela, enquanto ele ainda estava com todas aquelas roupas. Ele mordeu os lábios com ferocidade, ela o estava torturando, o plano era dar-lhe prazer primeiro e depois se perder em seu corpo, provar o seu gosto. Mas ela o estava enlouquecendo de desejos.

Ela sentiu-se em um balé coreografado entre gemidos, os gemidos dela! Ela tentou prolongar aquela doce agonia, mas foi vencida pelo prazer sentido, o seu grito ecoou por todo o quarto, seu corpo convulsionava de desejo. Por alguns minutos ele apenas a segurou em seus braços, os batimentos acelerados. Ele estava dolorosamente excitado. 


O espelho mostrava seus corpos unidos, o dela ainda ansiava pelo dele, mesmo depois de um orgasmo delicioso. O dele pulsava de desejo.

Ele a pegou no colo, aninhando seu corpo suado em seu peito. A levou até a grande cama com lençol vermelho, como a paixão dos dois, a deitou preguiçosamente, o corpo ainda se recuperando. Ela o olhava com os olhos cerrados, ele estava tirando suas roupas quase com violência, se atrapalhou com os botões da camisa, rasgando-a sem paciência. Ela sorriu docemente. Ele arqueou uma sobrancelha divertido, a calça e a cueca foram tiradas com mais calma, com direito até a uma dancinha sensual. 

Ela abriu os braços o chamando, os olhos saboreando seu corpo definido, parando com ousadia em sua ereção.

Ele cobriu o corpo pequeno com o seu, beijando-a com sofreguidão, introduzindo a língua em sua boca com beijos profundos, querendo beijar-lhe a alma.

Mas não queria ir com calma, já tivera paciência demais, já lhe dera prazer, agora era a hora dos dois se darem prazer, unindo seus corpos ansiosos. Sua mão a tocou, sentindo-se orgulhoso por ela já estar pronta novamente pra ele. 

Ele segurou-lhe os quadris e com habilidade a penetrou com um só movimento. Cavalgou em seu corpo quente, irradiando calor e excitação. Os movimentos eram alucinados, ritmados, sincronizados. Ela enroscou suas pernas em seus quadris, as unhas cravaram-se em seu ombros o puxando pra si, beijando sua boca, sentindo o hálito quente, gostoso!

Ele gemeu o seu nome, ela bebeu seu gemido e o arranhou com mais força, a dor intensificando o seu prazer. 

Seus movimentos dentro dela tornou-se frenéticos, ele abriu os olhos antes dos dois simultaneamente atingir o clímax, os lábios entreabertos, os olhos cheios de desejos a viu brilhar de excitação, suspirando, se agarrando a ele como se fosse alçar vôo. Ele sorriu, satisfeito... tombando seu corpo poderoso sobre o dela, exausto, acomodando sua cabeça entre o pescoço e os cabelos dela, sentindo seu perfume, inebriando-se com o seu aroma de mulher. 

E a promessa dele fora cumprida, ela agora chorava de alegria e felicidade, abraçando seu corpo ainda quente e úmido, sentindo o seu peso e o seu coração.

Ele a ouviu praguejar baixinho quando ele saiu de cima dela, beijou-lhe a boca apaixonadamente, lento e sensual. Um sorriso brincando em seus lábios quando a ouviu gemer sobre sua boca, insaciável.

—Durma querida, você precisa descansar! —Ele a embalou em seus braços. — Nós precisamos descansar. — Ele mentia deliberadamente, não estava cansado, se ela se encaixasse mais nele, poderia sentir sua nova ereção pronto pra amá-la uma vez mais e mais e mais. Mas ela parecia tão cansada depois do ato de amor, fechou os olhos obedecendo, exalando felicidade com a preocupação dele. 

Ele a admirou dormindo, os grandes cílios dela quase tocavam seu rosto, o sono tranquilo, a boca timidamente desenhava um sorriso de alegria, puxou o lençol sobre seu corpo a cobrindo, os seios subiam e desciam, tentadores. 

Roçou os lábios nos dela em um beijo casto, provando seu gosto novamente. Dormiu, sonhando com ela, com imagens dos dois no espelho, seus corpos entrelaçados, seus corações batendo juntos, como poesia de amor... em movimento.

Sorriu dormindo, suas mãos a abraçando ainda mais, aconchegando seu corpo ao seu, sonhando com ela e a sentindo na doce realidade. Tão sua! Pra sempre em sua vida. 

Sempre e sempre!






— Rosi Rosa

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O beijo



Ele emoldurou o rosto dela com as duas mãos, acariciou com o olhar seus lábios entreabertos, o prazer intensificou ao vê-la umedecer os lábios com a ponta da língua em um convite silencioso para que unisse suas bocas em um beijo profundo, erótico. O primeiro beijo deles!

Ele mordiscou o lábio inferior com deliberada ousadia, ouvindo um leve gemido de prazer dela, tornando sua excitação sensualmente dolorosa. A respiração chegava em seus lábios, beijando sua boca em um sopro quente, ele queria beber seus gemidos em tremores doces de prazer.

Inclinou levemente a cabeça, roçando seus lábios nos dela, contornou com a língua sua boca, os olhos abertos, guardando na memória todas as sensações do rosto dela. Ela respirou profundamente, antecipando o beijo e toda a tempestade de prazer que sentiria.

O beijo aconteceu lento e profundo, entre gemidos abafados, suas línguas entrelaçavam urgentes, quentes, molhadas. A doçura da boca de ambos era um deleite de sensações, prazeres guardados onde apenas um beijo seria pouco pra saciar seus desejos secretos. 

Ele intensificou o beijo, mudando de ângulo, contornando com a língua o interior da boca em uma sutil provocação. Ela gemeu baixinho, arfou, a respiração oscilou. Desejo!

As mãos dela desenhavam suas costas em movimentos delicados, unindo ainda mais seus corpos, ávidos por um prazer maior. Excitados!

O beijo foi interrompido, o ar se fez necessário, enquanto recuperavam o oxigênio perdido, ele depositou vários beijinhos no canto da boca, mordiscando, lambendo seus lábios em êxtase, molhando sua boca em um prazer íntimo. Luxúria!

Ela continuava com os olhos fechados, absorvendo todo aquele prazer, criando em sua mente imagens dos dois nus, compartilhando suas peles, seus corpos, entrelaçando suas almas. Amor!

Ele colou sua boca na dela, saboreando seu doce gemido, lentamente lhe dando o prazer pedido em silêncio, desenhando com a língua a doçura de seus lábios, bailando em sincronia, suspirando em agonia. Desespero!

Sentiu-se inebriado de prazer e amor... em um único beijo... o primeiro beijo deles... o primeiro de uma série. O beijo que traduziu sem palavras todo o sentimento de desejo, excitação, luxúria, amor e desespero!

O beijo cheio de promessas não cumpridas e de juras de eternidade. Romance!

Apenas o beijo, o melhor... o começo, a metade, o inteiro! Ele, ela... Eles... juntos e apaixonados, selando o presente e sonhando com o futuro.

O beijo que poderia ser emoldurado, pintado, escrito em versos. O artista? Ele. A poetisa? Ela. A moldura? O amor.

Unidos num beijo que significou o começo de uma história maior. Uma obra-prima feita em detalhes com paixão verdadeira. 

O beijo... intenso e real em um mundo de faz-de-contas, onde ele é o príncipe guerreiro e ela uma princesa em apuros. Fantasia!

Um beijo de conto de fadas. Era uma vez e aconteceu... e o fim da história ainda está sendo escrita, por dois apaixonados! Futuro!

O beijo. Presente!

A solidão. Passado!

O amor. No ar!

_ Rosi Rosa







Estou te esquecendo



Hoje eu sai e não te procurei nas pessoas, o seu perfume milagrosamente exalou pelo ar, não o senti... andei em linha reta, vi pessoas, ouvi suas vozes, nenhuma era igual a sua... me senti vazia sem você, sempre tão presente em mim. 

É, acho que estou te esquecendo, acostumando com o seu silêncio vazio e com sua distância de corpo e coração.

Olhei para o céu e vi seu nome, escrito perfeito nas nuvens, o vento soprou e seu nome sumiu... foi incrível sentir que enfim estou te esquecendo, que meus pensamentos não são mais seus, meu coração a cada dia bate menos por você, estou me livrando aos poucos desse vício...
... que era você. 

Estou feliz por voltar a viver!

_Rosi Rosa

Te amando quietinha



Agora eu tô te amando quietinha, sem mandar cartas, sem discar o seu número, sem passar em frente a sua casa. Afinal do que adianta gritar pra meio mundo ouvir o quanto nós temos que ficar juntos se você não é capaz de mover um dedo pra que isso seja possível?


— Tati Bernardi.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Remember.



Você não se lembra?
Não se lembra de mim?
Do amor? De nós?
Não lembre dos devaneios que tentaram nos derrubar.
Não lembra da nossa vida?
Não lembra do sorriso?
Olhe para mim.
Somos diferentes.
Agora olhe para você.
Você mudou.
Você criou tantas prioridades que se esqueceu de mim.
Que se esqueceu do nosso amor.
Olhe nos meus olhos, e minta o quanto você quiser. Pois você não se lembra.
Que o nosso amor derretia o gelo.
Você não se lembra.
Relembre de nós.
Lembre-se do amor.
Não se renda ao medo.
Lembre-se da vida.


Sara Peres

domingo, 24 de novembro de 2013

A fotografia



Perdida no fundo da gaveta, esquecida pelo tempo, guardada como lembrança, sua foto surgiu em meio as roupas, você parecia sorrir pra mim, aquele sorriso tímido, os olhos de gato brilhavam de um jeito único, tão verde.

A fotografia, tirada há anos, pouco tempo depois de nos conhecermos, e isso faz o que? 7 anos, alguns meses, poucos dias e algumas horas? Agora tanto faz...

Tanto tempo se passou, e eu continuo aqui presa ao passado, olhando sua fotografia tirada em um tempo feliz, o começo de tudo, tantos planos feitos e desfeitos, tantas promessas vãs, tantas ilusões criadas, tantos sentimentos perdidos.

Lembra que você me disse que eu seria a convidada de honra em seu casamento? Você sempre brincava: "Você será a noiva mais linda, a minha noiva." E eu acreditei em todas as suas palavras, eu esperei tanto pra que esse dia acontecesse. inutilmente. Não aconteceu. A noiva não sou eu.

Agora, olhando sua fotografia, é como se você zombasse de mim, eu já não faço mais parte do seu presente, como fui idiota em pensar que faria parte do seu futuro? 

Hoje, o que me resta de você são apenas lembranças e essa fotografia, intacta pelo tempo, zombando da minha infelicidade e solidão. Zombando do meu amor ainda inteiro em um coração pela metade.

Deslizo um dedo sobre sua imagem, como se te tocasse, desenho sua boca com a ponta dos meus dedos como se te beijasse... estremeço de saudade diante a frieza da sua foto. Apenas uma foto. Apenas um papel a ser tocado.

Uma lágrima cai em cima da foto sobre seus olhos, choramos juntos, separados, distantes. Um choro mudo, silencioso, apenas meu, apenas eu...

Hoje você está inteiro, feliz ao lado de outro alguém, e eu estou pela metade apertando uma foto sobre o meu coração partido.

Ainda não estou pronta pra te dizer adeus, ainda não consigo rasgar tua fotografia em pedaços e seguir em frente, roço meus lábios em seus lábios através do papel, e te guardo na gaveta e no coração. 


_ Rosi Rosa




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Jogada num canto qualquer



Eu aqui, jogada num canto qualquer, perdida numa bagunça, esquecida nas suas memórias, virei um silêncio vazio, eu poderia ter sido muito mais que apenas isso. Eu aqui implorando uma atenção que era minha, rastejando aos pés de quem eu tinha, agora sou sua, mas você não é meu. 
E de quem é culpa? Se mal consigo identificar onde o erro começou e em que ponto do caminho tudo se perdeu. No meio de tanto desapego de tanto desassossego, você simplesmente se esqueceu de todos os motivos que me levaram até você. 
Eu virei um traço errado no seu desenho perfeito, um móvel empoeirado no canto da sala estragando a sua decoração, uma parede em branco, o estopim de uma guerra que não se pode vencer.
Eu que era uma música, agora sou o silêncio que dorme todas as noites dentro do seu pensamento e no lado da cama que vai continuar vazio quando todas as outras se forem. 
Eu sou a pausa que você guardou nas vírgulas das suas frases intermináveis, sou a sua vontade de se calar quando você fala demais pra tentar não se ouvir. Eu que era tudo hoje sou quase nada, sou aqueles minutos que você gasta da casa para o trabalho, olhando em volta sem ver. Aquele porta retrato vazio na gaveta, o vidro de shampoo pela metade no chão do banheiro. Eu sou o quebrado, o não inteiro. Sou aquela parte da sua consciência que está certa e que você nunca ouve. Sempre o silêncio, que você ignora nos bares que frequenta procurando ter barulho o bastante pra me sufocar.
Eu sou aquela foto na lixeira, sou aquele texto que você escreveu e não consegue se lembrar nem da primeira frase. Eu sou os dias de chuva que tem dentista. Eu sou a pessoa certa, aquela pessoa certa demais pra você admitir não merecer. Eu que era razão hoje não sou nem meia palavra que você não quis gastar pra me explicar, você era tão errado que virou nada, agora você é apenas todas as mensagens apagadas do meu celular.

 Isabel Marz 


domingo, 17 de novembro de 2013

Onde está você?





Hoje me afoguei em lembranças suas, inundei meu coração com recordações. Fechei os olhos e te senti, te abracei, te beijei, chorei você revivendo nossos momentos, chorei você te guardando em pensamentos. 
E nessa inundação de saudade, eu te procurei e me perdi... 


Diante a janela eu olho o céu e me pergunto, onde está você?

O brilho das estrelas refletem em minhas lágrimas, sinto o doce fel da solidão em minha boca, sinto a sua ausência no esplendor infinito do céu.

Sinto sua falta esmagando meu coração, o piscar pulsante de uma única estrela faz com que eu me lembre do brilho de seus olhos nos meus, você se foi, deixando-me mergulhada na solidão, afogando em lembranças, procurando por você.

É essa procura é uma busca incessante, onde nada encontro, só me perco ainda mais... 


_ Rosi Rosa

sábado, 16 de novembro de 2013

Toque sua vida, sem agredir.






Fico besta com quem perde a compostura por não gostar de algo ou alguém: tão mais simples desconectar. Não ouça, não leia, não prestigie. Dê atenção ao que tem sintonia com você. E toque sua vida, sem agredir.


— Martha Medeiros

Nunca mais



Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica.


— Tati Bernardi