domingo, 25 de novembro de 2012

Doeu...



Eu fui te deixando sutilmente, me afastando vagarosamente, sofrendo com sua ausência... Eu quis que você me impedisse, mas os dias foram passando e nada de você notar que eu já não estava ao seu lado, confesso que doeu... e não foi pouco.
Doeu... todas as vezes que eu não recebi uma mensagem sua.
Doeu... as madrugadas que imaginei nós dois juntos, abraçados.
Doeu... das vezes que calada, sua voz ecoou dentro do meu coração, cada vez mais distante.
Doeu... a amargura de imaginar você em outros braços, provando outras bocas.
Doeu... o adeus não dado, o último beijo não recebido.
Doeu... todo esse silêncio, toda essa distância, toda essa solidão.
Doeu... a palavra "Nós" virar apenas "Eu".

 (( Rosi Rosa ))

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Por que tão cruel é o amor?



♫ 
Não se acaba o amor só dizendo adeus
Ficando ausente da vida da gente
Por que as lembranças a todo minuto machucam a alma
Mesmo sem te tocar você mora em mim
Quanto menos te tenho mais eu me lembro
Pois não consigo tirar você da minha mente
E me pergunto mil vezes
Por que tão cruel é o amor? ♫ 

domingo, 18 de novembro de 2012

Você nas entrelinhas



Recitando uma dor.
Cantando uma tristeza.
Chorando um poema.
Sorrindo em versos.
Sentindo saudades em rimas.

Tá, nada disso faz sentido, mas se trocar algumas palavras verá que estou falando de você, em todas as linhas, nas entrelinhas, é só perceber:

Recito VOCÊ.
Canto  VOCÊ.
Choro por  VOCÊ.
Sorrio pra  VOCÊ.
Sinto saudades de  VOCÊ.

E agora, fez mais sentido?

(( Rosi Rosa ))



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Aproveite sua juventude



"Você cresce. Suas roupas ficam menores, as ofensas já não acertam na mesma intensidade. Você expande seu campo de visão, e enxerga tudo o que não passava de um grande nada. Os dias passam, problemas aumentam, e o tempo se reduz. Responsabilidades, contas, horários, prazos, preocupações, e finalmente, a tão sonhada independência. Você cresce, as piadas tornam-se cansativas, as histórias entediantes, as pessoas irritantes, os amigos antigos vão sumindo aos poucos, por estarem crescendo também. Você cresce, e ironicamente se sente menor, a rotina te aperta, e saudade te engole. Todo mundo cresce, e a maturidade tem um preço, quem diria que ser livre pode custar a liberdade? Te obrigam a voar, enquanto seguram suas asas. Amadureça, mas não cresça antes do tempo. Aproveite sua juventude, e acredite, crescer tem lá suas desvantagens." 

— Sean Wilhelm. 

Exagerada toda a vida




Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos! 
_ Clarice Lispector


domingo, 11 de novembro de 2012

Frágil



Frágil — você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal, de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos, começa a passar.

— Caio Fernando Abreu

Sinto falta do “eu te amo” que você nunca me disse



"Eu quis te contar do estrago que a dor fez, mas quando vi você na minha direção, esqueci dos cortes. Mas o teu silêncio falou mais alto. Fui pela estrada torta, você pegou a contramão. Tranquei teu amor dentro de mim e entreguei as chaves para Deus. Sinto falta do “eu te amo” que você nunca me disse; e que eu disse, mas você não ouviu, porque já tinha dobrado a esquina."

— Erllen Nadine

Memória




"Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais."

— Belchior.  

sábado, 10 de novembro de 2012

Com o coração borrado





Com o coração borrado das lágrimas que derramei, 


jurei nunca mais te amar, 


errei.


Com os olhos fechados para o juramento, 


foi você quem apareceu sorrindo, 


zombando da promessa que não cumprirei!




(( Rosi Rosa ))

Sem riscos do colorido entrar




Emoldurei meu coração em tela preta, sem riscos do colorido entrar e trazer junto uma alegria fingida, vencida, borrada...
Vesti meu corpo no sofrimento, revesti meu coração na tristeza, fechei meus lábios para o sorriso e turvei meus olhos para a felicidade... apenas por enquanto, até essa dor passar, até o amor voltar novamente pra minha vida... 

Até eu te esquecer (!)


(( Rosi Rosa ))

A hora do adeus



Olhei o relógio, 

alguns minutos para as dez da noite,

 chegou a hora,

 dolorosa, cruel...

 a hora do adeus,

  muita coisa mudou entre a gente,

 o pouco carinho que você sentia foi acabando,

 restando quase nada e eu não posso lutar por nada... 


Adeus!



(( Rosi Rosa ))


Que Dor Era?



Autora: Rosinea


Colaboração especial: Sara Peres


Título: Que dor era?


Sem shipper


Não há sinopse;


São pensamentos da Sara





Calada, triste...
sozinha, solitária...
sentimentos antigos, recentes...
alguém, ninguém...
perfeita, imperfeita...
rosas, espinhos... Eu.

Confusa!

Sou feita de realidades absurdas, sou voz, sou grito e muitas vezes emudeço.

Calada ouço as batidas de meu coração que ora bate, ora apenas estremece, enlouquece!

As vezes sou poema falso, com versos desconexos, sou reflexo de uma infância sofrida, que me soa impertinente, incontrolavelmente.

Minha vida oca anseia por barulho estrondoso, quero desvendar meus mistérios, completar os espaços vazios, rascunhar meus sentimentos sombrios.

Essa sou eu, sem máscaras, sem fingimentos, sem mentiras, toda verdade e sem meias palavras. Sem meias frases...

Sou dor que ninguém sente, grito que ninguém ouve, angustia que ninguém entende, livro que ninguém lê.

Caminho por minhas dores, danço sozinha com meus temores e rabisco minha felicidade perdida, fugida... vencida!

Sou pássaro com asa quebrada, ferida, machucada, que tenta em vão por cuidados, não encontrados. Sou dor desconhecida...

Sou cheia de verbos e plural,
sou romance impróprio,
sou conto,
sou canto,
sou dor,
mas as vezes nem sei quem sou...




“E reunia toda sua força para parar a dor. Que dor era? A de existir? A de pertencer a alguma coisa desconhecida? A de ter nascido?”
— Clarice Lispector




* Fim

(( Rosi Rosa ))


Decisão?


Eu decidi fugir, aceitar a solidão, aceitar sua indiferença com indiferença

em silêncio pra não acordar sentimentos recém adormecidos. 


(( Rosi Rosa ))


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O que sou eu para você?



O que sou eu para você? Pedaços de sonhos que você esqueceu no coração? Sombras de gestos que se perdeu no tempo? Um sorriso medroso que se escondeu na saudade? A mágoa de uma folha que secou e caiu? O que sou eu para você não sei.... Sei apenas que desejo ser para você as notas festivas de uma canção em êxtase. A alma da primavera arrebentando em flores. A energia criadora da juventude em chama. O momento eterno de uma vida de AMOR!

_ Desconheço a autoria

Sua ausência








Sua ausência choveu tanto


dentro de mim


que o meu coração borrou


- Geraldo de Barros


Risquei um verso







Risquei um verso



mas o poema não acendeu

será que o papel estava úmido ou eu? 


— Geraldo de Barros.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

2 de Novembro


Os mortos recebem mais flores que os vivos, porque o remorso é mais forte que a gratidão.
 _ Mac Anderson