segunda-feira, 26 de junho de 2017

Lágrimas no silêncio


É noite, tá frio, tá escuro, tá solitário. 
Sozinha em um quarto fechado, eu choro. Lágrimas no silêncio. Lágrimas de sofrimento. Lágrimas de solidão. 
Tantas lágrimas. Tanta dor. 
Eu tenho sentimentos feridos. Eu tenho emoções confusas. Eu tenho lembranças boas e ruins. Eu tenho um coração partido. Quebrado. 
Todas as dores juntas. Todas as lágrimas misturadas. 
Tá escuro. Tá frio. Tô perdida. 
Eu quero gritar, mas não tem ninguém pra me ouvir. 
Eu quero sorrir, mas a alegria me deixou faz tanto tempo. 
Tudo me deixa. Todos me deixam. 
Sozinha. 
Eu quero sentir o sussurro do amor sem deixar que as lágrimas no meu olhar me sufoquem, eu quero sentir um beijo leve em meus lábios tão devagar pra que eu possa me apaixonar lentamente. Eu quero amar, mas tudo o que me foi permitido foi a solidão. 
Não houve paixão e nem amor. Apenas dor. Escuridão.
Quebrada. Eu estou quebrada. Chorando no escuro onde ninguém possa rir da minha dor. Lágrimas no silêncio foi tudo o que me restou. 
Eu sou um disfarce durante o dia. Eu sou uma casca vazia. 
Eu dou risadas.  Eu finjo uma felicidade que não existe. É mais fácil fingir do que explicar cada dor que me aflige. Do que mostrar as marcas das minhas lágrimas riscadas em todo o meu rosto triste. 
É mais fácil fingir. É mais fácil fugir. De todos. 
É noite. Tá frio. Tá escuro. 
É a hora certa pra deixar cair as lágrimas. No silêncio. 

Rosi Rosa. 


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