sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Era amor



Ele, professor.
Ela, aluna. 
Um amor impossível? 
Um romance proibido?

— Defina desejo. – Ele disse com um desafio na voz, perigosamente suave, sensualmente ousado, os olhos brilhantes de paixão fixos na delicadeza do rosto dela.  Sutil beleza e inocência.

— O que eu sinto por você. – Hesitante, ela o fitou, os olhos verdes penetrantes, a boca levemente aberta, o coração aos pulos.

Ela parecia nervosa.

Ele encostou seu corpo contra o dela, o olhar faiscando excitação e sorriu-lhe.

Ele parecia divertido.

— E amor? Como você o define, querida? – Carinhoso, ele perguntou com ousadia misturado com o inesperado medo da rejeição e o gosto amargo do proibido.

Ela não encontrava as palavras certas, a resposta certa. Ou talvez, fosse a mesma resposta da pergunta anterior: O que eu sinto por você.

Ele a tocou suavemente. Ela o olhou rapidamente. Apenas pequenos toques e olhares rápidos.

— Sonhos, poesia, beijos, paixão, sorrisos, desejo, romance, compaixão, perdão, promessas, abraços, prazer, amizade, loucura, intimidade, generosidade, sensações, felicidade, carinho, silêncios, confiança, pecado... – Com uma leve piscadela, ela foi falando pausadamente, a voz baixa e profunda fazendo-o tremer de excitação e ansiedade, ela umedeceu os lábios lentamente com provocação, ele lhe deu um meio sorriso, perdidamente apaixonado e dolorosamente excitado, em seu olhar azul um desejo explícito com o movimento sexy da língua rosada nos lábios carnudos. — ... Você. – Terminou com um pequeno sorriso nos lábios, a voz sedutoramente rouca. Aquelas palavras prometiam prazer absoluto e amor eterno, ele ofegou longamente e depois beijou-a nos lábios, um beijo demorado e suave.

Segurando o corpo delicado e sensual, ele beijou-a profundamente mais e mais, provando todo o seu amor, instigando todo o seu desejo.

Ela sentia o sabor dos lábios dele no seu. Ele sentia todo o amor de seus lábios em cada simples toque da língua feminina na sua.

Talvez fosse amor. Era amor? Ela ainda duvidava desse sentimento único e avassalador. 
Era desejo. 
Era prazer. 
Era paixão e fogo.
Era pecado.
Era urgência.
Era proibido.
Subitamente, ela soube o que era...
Definitivamente, era amor.

Sentimentos e sensações se misturavam naquele beijo. Ele sorriu, puxando-a ainda mais para a curva do seu corpo masculino e pecadoramente excitado.

Ele sentia as batidas do coração dela contra o seu corpo. Dois corações. Uma batida. 

— Eu amo você demais. – Sussurrou junto a sua boca, sua respiração quase uma carícia, disfarçando o seu sorriso, ela o beijou de novo, um beijo mais urgente, mais pecador, mais íntimo, sentindo aquele corpo longo e rígido colado ao seu corpo miúdo e macio, sentindo as batidas fortes do coração dele junto ao seu próprio coração.
Dois corações. Uma batida.

Ela o abraçou com força. 
Ele a beijou com ímpeto.

A boca exigia tudo. Lábios. Língua. Saliva. Amor... Os dois sabiam que não poderiam resistir àquele sentimento.

Era amor. 
Um amor quase proibido.

Um amor inusitado entre uma jovem aluna universitária e o seu tímido professor versado, perfeitamente respeitável.

O doce frescor da inocência misturando-se com o fulgor ardente da experiência.

Um romance proibido!? 
Mas, pra quê se preocupar? 
Era amor. E ponto final.


O amor é um abraço apertado, um olhar que se encontra, um silêncio que não incomoda (...)
— Clarissa Corrêa


— Rosi Rosa