quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Remember.



Você não se lembra?
Não se lembra de mim?
Do amor? De nós?
Não lembre dos devaneios que tentaram nos derrubar.
Não lembra da nossa vida?
Não lembra do sorriso?
Olhe para mim.
Somos diferentes.
Agora olhe para você.
Você mudou.
Você criou tantas prioridades que se esqueceu de mim.
Que se esqueceu do nosso amor.
Olhe nos meus olhos, e minta o quanto você quiser. Pois você não se lembra.
Que o nosso amor derretia o gelo.
Você não se lembra.
Relembre de nós.
Lembre-se do amor.
Não se renda ao medo.
Lembre-se da vida.


Sara Peres

domingo, 24 de novembro de 2013

A fotografia



Perdida no fundo da gaveta, esquecida pelo tempo, guardada como lembrança, sua foto surgiu em meio as roupas, você parecia sorrir pra mim, aquele sorriso tímido, os olhos de gato brilhavam de um jeito único, tão verde.

A fotografia, tirada há anos, pouco tempo depois de nos conhecermos, e isso faz o que? 7 anos, alguns meses, poucos dias e algumas horas? Agora tanto faz...

Tanto tempo se passou, e eu continuo aqui presa ao passado, olhando sua fotografia tirada em um tempo feliz, o começo de tudo, tantos planos feitos e desfeitos, tantas promessas vãs, tantas ilusões criadas, tantos sentimentos perdidos.

Lembra que você me disse que eu seria a convidada de honra em seu casamento? Você sempre brincava: "Você será a noiva mais linda, a minha noiva." E eu acreditei em todas as suas palavras, eu esperei tanto pra que esse dia acontecesse. inutilmente. Não aconteceu. A noiva não sou eu.

Agora, olhando sua fotografia, é como se você zombasse de mim, eu já não faço mais parte do seu presente, como fui idiota em pensar que faria parte do seu futuro? 

Hoje, o que me resta de você são apenas lembranças e essa fotografia, intacta pelo tempo, zombando da minha infelicidade e solidão. Zombando do meu amor ainda inteiro em um coração pela metade.

Deslizo um dedo sobre sua imagem, como se te tocasse, desenho sua boca com a ponta dos meus dedos como se te beijasse... estremeço de saudade diante a frieza da sua foto. Apenas uma foto. Apenas um papel a ser tocado.

Uma lágrima cai em cima da foto sobre seus olhos, choramos juntos, separados, distantes. Um choro mudo, silencioso, apenas meu, apenas eu...

Hoje você está inteiro, feliz ao lado de outro alguém, e eu estou pela metade apertando uma foto sobre o meu coração partido.

Ainda não estou pronta pra te dizer adeus, ainda não consigo rasgar tua fotografia em pedaços e seguir em frente, roço meus lábios em seus lábios através do papel, e te guardo na gaveta e no coração. 


_ Rosi Rosa




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Jogada num canto qualquer



Eu aqui, jogada num canto qualquer, perdida numa bagunça, esquecida nas suas memórias, virei um silêncio vazio, eu poderia ter sido muito mais que apenas isso. Eu aqui implorando uma atenção que era minha, rastejando aos pés de quem eu tinha, agora sou sua, mas você não é meu. 
E de quem é culpa? Se mal consigo identificar onde o erro começou e em que ponto do caminho tudo se perdeu. No meio de tanto desapego de tanto desassossego, você simplesmente se esqueceu de todos os motivos que me levaram até você. 
Eu virei um traço errado no seu desenho perfeito, um móvel empoeirado no canto da sala estragando a sua decoração, uma parede em branco, o estopim de uma guerra que não se pode vencer.
Eu que era uma música, agora sou o silêncio que dorme todas as noites dentro do seu pensamento e no lado da cama que vai continuar vazio quando todas as outras se forem. 
Eu sou a pausa que você guardou nas vírgulas das suas frases intermináveis, sou a sua vontade de se calar quando você fala demais pra tentar não se ouvir. Eu que era tudo hoje sou quase nada, sou aqueles minutos que você gasta da casa para o trabalho, olhando em volta sem ver. Aquele porta retrato vazio na gaveta, o vidro de shampoo pela metade no chão do banheiro. Eu sou o quebrado, o não inteiro. Sou aquela parte da sua consciência que está certa e que você nunca ouve. Sempre o silêncio, que você ignora nos bares que frequenta procurando ter barulho o bastante pra me sufocar.
Eu sou aquela foto na lixeira, sou aquele texto que você escreveu e não consegue se lembrar nem da primeira frase. Eu sou os dias de chuva que tem dentista. Eu sou a pessoa certa, aquela pessoa certa demais pra você admitir não merecer. Eu que era razão hoje não sou nem meia palavra que você não quis gastar pra me explicar, você era tão errado que virou nada, agora você é apenas todas as mensagens apagadas do meu celular.

 Isabel Marz 


domingo, 17 de novembro de 2013

Onde está você?





Hoje me afoguei em lembranças suas, inundei meu coração com recordações. Fechei os olhos e te senti, te abracei, te beijei, chorei você revivendo nossos momentos, chorei você te guardando em pensamentos. 
E nessa inundação de saudade, eu te procurei e me perdi... 


Diante a janela eu olho o céu e me pergunto, onde está você?

O brilho das estrelas refletem em minhas lágrimas, sinto o doce fel da solidão em minha boca, sinto a sua ausência no esplendor infinito do céu.

Sinto sua falta esmagando meu coração, o piscar pulsante de uma única estrela faz com que eu me lembre do brilho de seus olhos nos meus, você se foi, deixando-me mergulhada na solidão, afogando em lembranças, procurando por você.

É essa procura é uma busca incessante, onde nada encontro, só me perco ainda mais... 


_ Rosi Rosa

sábado, 16 de novembro de 2013

Toque sua vida, sem agredir.






Fico besta com quem perde a compostura por não gostar de algo ou alguém: tão mais simples desconectar. Não ouça, não leia, não prestigie. Dê atenção ao que tem sintonia com você. E toque sua vida, sem agredir.


— Martha Medeiros

Nunca mais



Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica.


— Tati Bernardi

Seja uma Mulher



Levanta dessa cama garota. 
Anda! 
Sei que tá doendo, mas levanta.
 Coloca uma roupa. 
Passa a maquiagem.
 Arruma esse cabelo.
 Ajeita a armadura.
 Segura o coração.
 Sai por aquela porta.
 Enfrenta o vento.
 Sorri pro Sol.
 Segura o coração.
 Olha pra ele.
 Passa reto.
 Não caia
.
 Não caia.
 Engole o choro.
 Fingi de morta quando ele falar com você.
 Seja fria.
 Continue andando.
 Enfrente seus problemas de cara.
 Reaja.
 Vai. 
Tá pensando que é só você que sofre?
 Tá enganada.
 Anda menina.
 Para de ser infantil.
 A culpa não é de ninguém…
 Se apaixonou, agora segura.
 Anda.
 Seja forte.
 Seja feliz.
 Seja uma Mulher.




Caio Fernando Abreu.

Você sabe o caminho



Não vou correr atrás de você, e muito menos correr de você. Tô aqui, no mesmo lugar, você sabe o caminho.


— Soulstripper

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O casamento





O reflexo no espelho dizia que ela estava estonteante, o vestido branco acentuava suas curvas, a seda abraçava seu corpo em uma carícia sensual, os minúsculos botões reluziam como pérolas. Nas pequenas orelhas, brincos balançavam em sintonia, o véu descia com esplendor pelas costas esguias.

O brilho do olhar competia com o belo sorriso em seus lábios, em poucos minutos ela iria se casar com o homem da sua vida. E teria a vida inteira pra ser feliz!

Rodopiou em frente ao espelho, encantada com a sua felicidade. 
O leve bater na porta fez com que ela se assustasse, seu tempo sozinha havia acabado, a porta se abriu sem ruído, ele entrou em silêncio, por um momento admirou a noiva em sua frente, tão bela, tão sua!

Contemplou sua beleza já imaginado o deslizar do vestido sobre seu corpo, a noite a teria nua em seus braços como sua esposa. Sua esposa!

Ela o brindou com um sorriso tímido, ele estava deslumbrante em um terno sob medida cinza, nos olhos a chama do desejo ardia, os cabelos um pouco mais compridos do que de costume tocavam o colarinho da camisa branca, ele estava pecaminosamente atraente.

"Você não devia estar aqui, dá azar ver a noiva antes do casamento!" Ela disse entre risos pra ele.

Ele fingiu surpresa diante a superstição de sua amada, sorriu desdenhosamente e sem dizer uma única palavra suas mãos a puxaram para si, fechando com possessividade em sua cintura fina. Seus olhos se encontraram, suas bocas quase unidas exalavam desejo. O beijo aconteceu lento, provocante, possessivo... as línguas duelavam uma batalha de prazer. As mãos dela entrelaçaram nos cabelos dele, provocando, persuadindo um contato maior entre seus corpos.
Ele gemeu em sua boca, a paixão gritando pra ser saciada, ela ofegou, gemeu, suspirou. 

O beijo foi finalizado com gemidos de protestos, as testas unidas, os olhos fechados, os corações aos pulos, apenas o silêncio como testemunha desse amor.

O "Eu te amo" foi dito sobre os lábios dela, as palavras mergulharam na umidade doce de sua boca. 
Separaram-se relutantemente, havia um casamento esperando os dois. O casamento deles!

Ele beijou suas mãos com delicadeza, um leve sorriso se formou em seus lábios, sua noiva estava corada, os dentes mordiam com nervosismo o lábio inferior, no rosto a moldura do desejo, uma magnifica pintura de luxúria.

Ele piscou pra ela já na porta, se não saísse logo temia perder o controle e fazer amor com sua noiva na pequena sala em que se arrumava.

"Te espero no altar, minha noiva!", acenou e saiu. Ela sorriu, estava tremendo de desejo, voltou-se para o espelho, a imagem que lhe sorria era de uma mulher em êxtase. Ela era a imagem da felicidade.

A porta voltou a se abrir, ela virou rapidamente esperando que fosse ele, não era, era alguém lhe dizendo que a hora chegou. Pegou o buquê, arrumou o véu e foi em direção ao seu grande amor. 

Até que a morte os separe!



_Rosi Rosa

sábado, 9 de novembro de 2013

Ele e Ela



(Classificação: NC - 17)

O dia estava quente, os pássaros cantavam em coro, as flores exalavam o frescor de seus perfumes variados, embaixo de uma árvore frondosa e de galhos grandes, sentados numa colcha de tecido escuro sobre o gramado verde, os dois se beijavam fervorosamente, as mãos ávidas percorriam selvagemente os corpos acesos, queimavam de desejo. O suor escorria em gotas de prazer e sedução.

Em um movimento ágil ele a posicionou em suas coxas musculosas, ela o sentiu quente, excitado, rígido... a boca desenhou um caminho em chamas, percorrendo o lóbulo da orelha delicada, mordiscando o pescoço alvo, se demorando no ombro em movimento circulares com a língua... encontrou os seios delineados sobre a blusa de seda, intumescidos... sugou vorazmente sobre o tecido frágil, colando-o no seios sensíveis com sua saliva, ela arqueou as costas em êxtase, sufocando um grito de prazer, mergulhou seus pequenos dedos nos cabelos dele aproximando-o ainda mais. Um gemido urgente foi ouvido quando ela se movimentou sobre ele, intensificando o contato dos corpos, unindo seus quadris famintos. A roupa era uma barreira, ele precisava dela nua, de seus corpos colados, se reconhecendo, se amando. Tomou-lhe a boca com urgência, mesclando erotismo e impaciência, a língua bailava, úmida, sincronizadas, chicoteando de prazer. Exigindo, implorando, explorando os cantos úmidos de sua boca em um ziguezague de sensações .

As roupas foram tiradas, quase rasgadas! Restando apenas as peças íntimas. Ele estava com uma cueca boxer preta, que não conseguia esconder os sinais de sua ereção, ela usava um sutiã simples rosa e uma calcinha minúscula que provocou um olhar de admiração dele. 

Ele a deitou com extrema delicadeza na colcha, retirou o sutiã e provocou seus mamilos com o polegar, em seguida e bem lentamente, abaixou e abocanhou um dos seios, enquanto moldava o outro com uma das mãos. Ela gritou, ele gritou... Ela o arranhava nas costas, as mãos o apertando em seu corpo, agarrou suas nádegas e o trouxe mais pra perto de seu sexo quente e úmido. Movimentou-se, sentindo toda a sua extensão dura. Ele abafou um som gutural, bebendo seu prazer dos lábios entreabertos, provocando com os dentes seus lábios inchados por seus beijos.

Suas mãos passearam pelo corpo suado de sua amada, chegando bem perto de seu sexo, instigando um prazer intenso. Ele sussurrou para que ela abrisse os olhos, queria ver o efeito que suas mãos provocavam nela, com a pupilas dilatadas de prazer ela o sentiu brincando em movimentos circulares sobre o fino tecido da calcinha, umedeceu os lábios com a língua quando ele enganchou os polegares no cós da pequena peça, seus olhares se encontraram, cintilando de excitação. Ele brincou com o elástico da calcinha, a excitando, ela arqueou o corpo num convite erótico para que ele retirasse aquela pequena peça, desejando por mais.

A peça foi retirada em um movimento de mestre, as mãos trilharam um caminho do joelho ao lado interno da coxa, queimando a pele... ela engoliu com dificuldades quando ele chegou perto de seu centro de prazer, deliberadamente sensual, o canto dos pássaros cessou quando um grito cortou o ar, quem gritou? Ele ou ela, não se sabe... ambos estavam saciando um prazer inesgotável. Os sentimentos aflorando.


Ele voltou a beijar-lhe a boca com sofreguidão, penetrando com a língua em uma alusão do que viria a seguir entre seus corpos. A cueca foi tirada sem que ela percebesse, as pernas gentilmente separadas para o receber. Ela o tocou intimamente, a pele espessa e dura brilhava de excitação, seu autocontrole foi minado, retirou sua pequena mão da textura de seu membro antes que liberasse seu prazer sem ao menos estar dentro dela. Se posicionou sobre ela, a ereção pulsante tocando a abertura de seu sexo molhado, bem devagar ele foi penetrando-a, excitando com a leveza de seus movimentos, centímetro a centímetro, até seus corpos se tornarem um só.

Ela gemeu, carne com carne, pele com pele... ele a observou, a masculinidade dele crua, parado. O rosto um misto de excitação, prazer e impaciência para que ele se movimentasse dentro dela. Ele não o fez... queria que ela suplicasse por esse prazer, torturando a si mesmo a esperar, o nível de excitação beirando a loucura. Ela o apertou, levantou os quadris em um convite sem pudor, num ângulo tentador. O suor escorria por seus corpos, ele jogou a cabeça para trás, lutando por controle, mordendo os lábios com força. 

Ela abriu os olhos confusa, ele sorriu maliciosamente, enlouquecendo sua amada. Ela o amou ainda mais. Ele a amou ainda mais. As palavras não foram ditas, foram sussurradas no silêncio, suplicadas: "Por favor... eu quero você... só você, agora!". Ela chorou de prazer. Nos olhos, o brilho das lágrimas não derramadas.

E ele se perdeu... o fôlego entrecortado.

Se movimentando com ousadia, ritmicamente, dançando sobre o corpo dela, um vai e vem delicioso. Devagar no começo, rápido e mais rápido depois. Ela o acompanhou nessa dança com a desenvoltura de uma dançarina profissional. O casal de dança perfeitos numa melodia de prazer.

Ele levantou seus quadris, agarrando com força e aprofundando suas estocadas, fazendo com que ela gemesse em uma explosão de prazer, querendo tudo, querendo mais. Seus músculos se apertaram em torno de seu membro, iniciando sua chegada ao topo máximo de prazer íntimo. E com mais um movimento, eles chegaram juntos ao céu, os corpos tremendo e reluzindo de amor. 

Ele afastou seus cabelos molhados da testa e a beijou com afeto e ternura. A respiração ofegante. Tombou sobre ela, abraçando aquele corpo com todo seu peso, ela o beijou no ombro, sentindo seu gosto. Ele roçou com seus lábios a veia que pulsava freneticamente em sua garganta. 

O vento soprou em seus corpos quentes, apagando os rastros de suor com uma brisa suave, os pássaros voltaram alegres a cantar em coro, as árvores balançavam suas folhas, sombreando os amantes, as flores e seus perfumes agora competiam com o perfume de seus apaixonados que exalavam amor, paixão e sexo!

Ele caiu para o lado levando sua amada junto, abraçando seu corpo nu, encaixando-a na sua nudez. Os olhos brilhavam de amor, a boca desenhada com o mais belo sorriso de satisfação, ela bocejou, cansada... ele sorriu, não haveria problema em dormir naquele jardim secreto, as árvores como sentinelas, os pássaros como testemunhas. Ninguém saberia e ninguém pisaria naquele paraíso deles. Era uma promessa!

Estavam seguros de olhares curiosos, estavam onde queriam estar... nos braços um do outro. A declaração foi feita boca a boca num beijo terno e lento, a língua investia com doçura no calor de seus lábios, ele desenhou na umidade de sua boca os gestos de amor, ela bebeu o "eu te amo" dito entre beijos apaixonados. Ele suspirou, ela suspirou... o cansaço foi esquecido, os corpos bailando novamente aquela dança sensual, erótica. 

Apenas o perfume vestia seus corpos nus. Enlaçava, abraçava sua sexualidade como pétalas de rosas recém abertas em um clima primaveril, extasiada, ela se insinuou entre a colcha emaranhada sobre a grama, chamando por ele, as costas arqueadas em um convite sensual de pura luxúria.

Sem pressa, se amaram mais uma vez, gritaram mais uma vez, gemeram mais uma vez e se perderam em êxtase de amor, mais uma vez!

Fizeram amor com toda a candência de dois apaixonados, saciando a fome de um desejo doloroso, excitando o corpo e seduzindo o coração.

Cada toque, cada palavra, cada batida de coração traduzindo o amor, selando uma união de almas.

Ele e Ela juntos, até o fim!

- Rosi Rosa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Volta



Porque você não volta?
Mas volte por inteiro. Sem metades.
Venha até mim! Não corra! Deixe-me ver a sinceridade nos seus olhos, me faça acreditar nas suas palavras.
Se for possível, me reconquiste novamente, mas não vá embora! Não me deixe.
Volte me amando por inteiro, do jeito que sou. Suporte minhas manias.

Diga que me ama, porque eu sei que me ama.

Mas não me deixe.
Não vá.
Vamos realizar nossos sonhos juntos.
Volte logo, me dói te observar de longe, e eu não posso te procurar. Me procura você!
Volte com o coração reconstruído, com amor e tempo. Eu te aceito. 
Mas não me deixe.
Por favor, não me deixe.

Sara Peres

Eu só tenho palavras... E as palavras doem.


Me diz teu segredo que eu guardo...
É isso que tenho guardado: Segredos.

E não é nada que eu considere importante, só me deu vontade de escrever.
É essa vontade que me incomoda na hora de dormir, essa vontade aperta meu coração e vai apertando, apertando...

E acaba saindo alguma coisa.

Ontem, senti algo diferente. Aquilo mudou algo dentro de mim, talvez eu deva saciar essa vontade, talvez eu deva voltar a escrever aquelas coisas bonitas que eu escrevia. Mas, eu não tenho um motivo para escrever. Não tenho nada que seja importante ao ponto de registra-lo em uma folha, ou publica-lo. Não tenho nada de importante, não tenho...

Não tenho mais aquela linda facilidade para escrever. As palavras não saem, não fluem e droga! Que vontade que eu tenho de colocar tudo isso para fora, que vontade que tenho...

Eu só guardo segredos. Não guardo amor. Tenho dores, tenho feridas abertas, é isso que eu tenho. Eu não tenho amor.
Eu só tenho palavras...
... e as palavras doem.

Mas, voltando ao que realmente interessa, ou não interessa. Eu não sei, não tenho certeza de nada ultimamente. E quem sou eu? E pra que toda essa dor que carrego? Por que eu choro tanto por coisas que já passaram? Por que eu choro por pessoas que não merecem? Por que eu me importo tanto com essa falta de amor?
A falta de amor me incomoda, e eu só tenho perguntas... perguntas e mais perguntas...

Eu vou ficando por aqui, desviando o olhar, abaixando a cabeça como se eu não fosse nada.
Os segredos que eu guardo? Estão trancados a sete chaves, estou esperando alguém que possa abrir e achar, mas enquanto esse alguém não aparece, continuo aqui... Com perguntas, perguntas... e mais perguntas...

Sara Peres

Meu reflexo


Da janela do meu quarto, eu olho.
Existe pessoas lá fora e a cada passo que elas dão... até parece...
Da janela do meu quarto, eu olho...
E imagino como as coisas poderiam ser diferentes, lindas, alegres, mas não...
O meu reflexo no vidro mostra algo totalmente diferente...
É a minha alma nesse reflexo.
Eu vejo minha alma, minha dor.
Eu vejo dor... E eu tenho que enfrentar isso sozinha, não tenho você ao meu lado!
Você não está aqui.
Onde você está?
Teu lugar é ao meu lado.
... Mas onde você está?
Da janela do meu quarto, imagino...
A realidade é triste.
Meu reflexo no vidro não mente.
as pessoas lá fora parecem...
... parecem felizes.
E onde você está?
O reflexo me mostra sozinha.
E as palavras?
Estou calada.
Meu mundo é triste.
Calada... sozinha... sozinha...

Sara Peres

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Metade


Sinto falta dos seus lindos olhos que brilhavam a cada sorriso.
Eu nunca soube, na verdade, o porque da nossa separação.
Éramos um inteiro, completos, unidos.
E o que ficou? Um coração quebrado, triste, sozinho.
As noites são vazias. 
Não sinto mais o seu suspiro enquanto dorme, o seu cheiro e os seus abraços que me protegiam.
Eu te vejo, de longe te observo. Você se sente só.
Somos parecidos, somos orgulhosos.
Enquanto vou criando coragem para falar contigo e dizer que sinto tua falta; continuamos assim... Longe.
Juntos, éramos um inteiro.
Agora, somos metades.
Quebrados, tristes e sozinhos.

Sara Peres

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Feliz sem mim


Por um momento eu sempre esperei que você voltasse.
Que me abraçasse e que estivesse aqui comigo. Por um tempo muito longo minhas esperanças se firmaram. Eu fui fria e orgulhosa a seu respeito, só porque eu te amava como ninguém.
Toda vez que eu pedia para você ir embora, era porque eu o queria perto outra vez. 
Eu te vi, feliz sem mim. 
Seguindo a tua vida, feliz sem mim. 
Junto de alguém que te faz feliz. 
Eu sei que você não irá voltar, eu te desejo toda a sorte e amor do mundo.

Seja feliz sem mim. 

Sara Peres 01/04/2012