sábado, 28 de dezembro de 2013

Quando o meu amor morreu

E se a Sara descobrir que ama o Greg tarde demais? E se não tiver tempo para declarar esse amor? Como seria o seu desabafo? 


Eu não sai nem um minuto do lado dele, o vi respirar com dificuldades com todos aqueles fios ligados ao seu corpo, olheiras eram formadas abaixo de seus olhos, eu fiquei durante todo o tempo ali, esperando alguma reação dele, seu estado não melhorava, ao contrário, piorava gradativamente, por inúmeras vezes toquei sua mão, acariciei seu rosto gélido e clamei para que não me deixasse, não assim, não agora... depois que eu já não conseguiria viver sem ele, meus pedidos foram inúteis, numa madrugada fria seus batimentos aceleraram. Correria. E eu não pude fazer nada, apenas chorei ajoelhada, as mãos no rosto tentando impedir aquelas lágrimas malditas, ele se foi sem nem mesmo saber que eu o amava, desde sempre.


Adeus, meu amor — foi só o que consegui dizer. Adeus, meu amor — meu amigo, meu amado!

Um grito ficou preso em minha garganta, o silêncio reinou em meu corpo trêmulo. Mas eu queria gritar, xingar, maldizer o mundo cruel, porém nada disse, tudo ficou engasgado, preso em meu coração despedaçado. 
Você se foi, nada mudaria essa triste realidade.
Você se foi, sem provar meus beijos.
Você se foi, sem sentir o toque suave de minhas mãos.
Você se foi, sem saber do meu amor, por você.
E eu fiquei, pra sentir o gosto amargo de sua ausência.
Eu fiquei, pra remoer meus erros.
Eu fiquei. Droga! Eu fiquei. Sem você. Pra sempre.

E esse dia ficou borrado, com as minhas lágrimas, com o meu desespero e sem você, Greg!




Rosi Rosa

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