quinta-feira, 1 de março de 2012
4 da manhã
4:30 da manhã. Ela acorda assustada com o toque do celular, meio perdida entre sonho e realidade. Dopada de sono, atende o telefone depois de alguns segundos olhando a tela.
- Alô?
- Me perdoa?
- Pelo quê exatamente?
- Por te machucar .
- Você ja pediu perdão.
- Mas você não perdoou. Sei disso. Conheço seu tom de voz. E preciso olhar nos teus olhos pra acreditar.
- Meus olhos estão cansados de olhar pra você. E o meu coração de acreditar.
(Foram envolvidos por uma mudez momentânea)
- Eu te amo. Volta pra mim? Eu faço o que você quiser. É só pedir.
- Não.
- Você me ama?
(Pausa longa na conversa)
- Olha, eu vou desligar. São 4 da manhã e…
- Você me ama?
- Boa noite, Tomas.
E desligou o telefone, sem hesitar. Apertou os olhos marejados, com força, como se pudesse conter de sí a dor estraçalhadora que sentiu naquele momento. Lembrou-se das incontáveis vezes em que Tom havia pedido uma ”ultima chance”. E em todas as vezes, ela concedeu. Mas não dessa vez. Seria forte o bastante para dizer não. Mesmo que isso significasse perder pra sempre seu coração. O que não faria muita diferença, considerando o estado atual do coitadinho. Abraçou com força o travesseiro. E nao dormiu naquele noite.
( Desconheço a autoria )
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