terça-feira, 1 de outubro de 2013

Não era saudade



Não era saudade. Eu pensava nos seus olhos claros e fortes simultaneamente, mas não era saudade, afinal, não os tinha realmente visto. O seu sorriso, que convida para ser feliz e esconde algum mistério muito adiante de qualquer outro mundo, também parecia dar saudade… mas não podia ser saudade. Você caminhando despreocupadamente, sem rumo e erguendo a mão para pegar a minha, não poderia ser saudade do que nunca foi. O seu perfume que não senti, a sua textura que não toquei, as suas risadas que não escutei: não era saudade. Saudade existe do que se foi, não do que se quis ser. Não, com você não é saudade, nunca foi. Ah, mas é que bate uma saudade de ti…

— Camila Costa.

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