sexta-feira, 15 de março de 2013

Depois dos 30, continuamos errando...


"Depois dos 30, continuamos errando. Continuamos não sabendo. Continuamos esperando. Mas, pelo menos, temos uma breve ideia de onde queremos chegar. Não é fácil, eu admito. Existe uma pressão no mundo para que você se torne uma coisa: "gente grande". Aí, meu querido, começa a batalha. Você "tem" que ter um diploma, uma carreira, um namorado, um casamento, um filho, um cachorro. "Mesmo que não seja a lista dos sonhos de sua vida". Você tem que cortar o cabelo, tirar o piercing, encompridar a saia, comprar um biquíni maior, aposentar suas calças rasgadas e blusas de banda. "Apesar de achar seu novo "eu" um tanto demodê". Mas criança grande que sou, ainda acho que os 30 são a melhor coisa do mundo. Que se danem as contas, as rugas e demais amolações. As paranóias dos 20 "finalmente acabaram". Agora você é um ser sublime e sem espinhas. E - digam o que quiserem - você nunca mais vai morrer de amor. "Invenção minha"? Não, acho que não. Depois dos 30, a gente sofre com mais dignidade. A gente sabe que toda dor passa. E entende que - tirando a morte e a lei da gravidade - tudo tem conserto".

__Fernanda Mello__

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