segunda-feira, 28 de julho de 2014

Ao sol.



Sentei-me ao sol, ele aquecia minha pele, mas o meu coração continuava frio, gélido  e batendo descompassado. Serena por fora e vivendo uma batalha tormentosa por dentro. 
Essa sou eu!
Eu!
Que nas madrugadas me entrego a uma dor visceral, na escuridão do meu quarto, eu choro, sozinha. 
Quero conversar. Mas não tem ninguém pra me ouvir!
Quero gritar. Quero esbravejar. Mas isso resolveria essa dor que sinto? 
Resolveria? 
Não, a solidão não se resolve aos gritos e nem mesmo se eu brigar com o mundo. 
E é por isso que deixo o sol acariciar minha pele com seus raios quentes, na ânsia de me aquecer por dentro, e eu me sentir um pouco mais quente e...  

Viva. 



— Rosi Rosa


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