terça-feira, 17 de junho de 2014

Continuo te amando...



Continuo te amando...
E não é fácil admitir isso em palavras.
Não é fácil admitir isso em voz alta.
Não é fácil castigar o papel com letras de amor e rancor. Raiva. 
Não é fácil admitir isso pras paredes do meu quarto, nem pra essa solidão em meu coração apertado.
Não é fácil. Mas...
Continuo te amando...
Quando penso no seu sorriso de menino, tão alegre e genuíno.
Continuo te amando...
Quando lembro de seus olhos, verde-água, esmeraldas, eu enxergava esperança neles. Como fui tola. 
Nunca houve esperanças. 
Egoistamente era apenas: você e eu. 
Nunca 'nós'. 
Apenas você e eu, distintos e separados. E mesmo assim.
Continuo te amando...
Nas lembranças vívidas de seus beijos, lábios macios, suaves desejos.
Continuo te amando...
Na recordação de seus toques ousados, atrevidos. Nos sussurros das palavras, das mãos entrelaçadas.
Continuo te amando...
Sinto falta do nosso amor inventado.
Continuo te amando...
Por sua voz não sair de minha cabeça, dizendo: 'Por favor, não me esqueça.'
E veja só. Foi você quem me esqueceu primeiro. E tão rápido!
Continuo te amando...
E nem os pensamentos revoltos de você em outros braços, beijando outras bocas me faz desistir desse amor. 
Talvez eu o ame só pra preencher o espaço vazio que você deixou em meu coração.
Talvez eu o ame pra sempre.
Talvez o meu pra sempre seja até amanhã, depois, 1 mês ou 2, não sei. 
Sei que apesar de tudo, de todas as lágrimas na madrugada, de todos os gritos sufocados pela manhã gelada e de todos os soluços abafados numa tarde movimentada...
Continuo te amando. E me perguntando:
Até quando?


— Rosi Rosa

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