Escrevo-me!
Escrevo o que existo,
o que sinto,
todos os lugares onde sinto.
E o que sinto é o que existo e o que sou.
Escrevo-me nas palavras mais ridículas:
amor,
esperança,
estrelas,
e nas palavras mais belas:
claridade,
pureza,
céu.
Transformo-me todo em palavras.
_ José Luís Peixoto
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